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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Reflexão



Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição
no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar!
Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata. Que nos
faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor. Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho. É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe
sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência.
Amor, só, não basta!
Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar. Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando a longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra
cada um. Tem que haver confiança! Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mudanças e desafios na vida


Este lugar me traz paz











"Lá longe, no distante passado, está a idéia das coisas
que um dia existiram e como elas afetaram quem
somos hoje em dia.
Nós nos arrependemos das coisas que não fizemos e
desejamos poder mudar as coisas que fizemos errado.
Deveríamos, contudo, olhar para o futuro.

Acabamos perdendo nossas vidas com remorso e não
enxergando todas as boas coisas que estão acontecendo

no presente.
Se olharmos para o futuro, certamente encontraremos
pelo menos um pouco da felicidade que fará nossas vidas
valer a pena.

Você pode encontrar conforto nas idéias e ações das pessoas
que rodeiam você.
Elas vão ajudar você a superar os momentos difíceis e também
ficarão felizes quando tudo estiver bem."

domingo, 16 de agosto de 2009

Manvendra Singh Gohil: o príncipe que fez parar a Índia quando assumiu ser gay

Manvendra Singh Raghubir Singh Sahib Gohil é o meu nome completo, mas podem chamar-me Pink Prince. Não me ofendo, pelo contrário. Os meus antepassados, provavelmente, já adivinhavam que teriam um descendente gay, porque eu vivo num palácio vitoriano cor-de-rosa em Rajpipla, distrito de Gujarat, um dos mais prósperos estados da Índia.

Nasci a 23 de Setembro de 1965 e sou o yuvaraj (príncipe) herdeiro do marajá (grande rei) Shri Raghubir Rajendrasinghji Sahib e da maharani (grande rainha) Rukmani Devi Sahiba. Tenho uma irmã mais nova, uma princesa que se casou com um príncipe de Jammu e Caxemira.

A minha dinastia, Gohil, tem aproximadamente 600 anos. À semelhança de outras famílias reais que governavam os seus domínios durante o Império Britânico, a minha aceitou integrar-se na União Indiana, após a independência em 1947. Em 1968, a República da Índia invalidou os títulos de nobreza. O meu bisavô foi o último rei reconhecido, mas ainda mantivemos poderes e privilégios.

Em 1971, a primeira-ministra, Indira Gandhi, desconfiada de que as famílias reais se estavam a tornar demasiado poderosas politicamente, retirou-nos prerrogativas e privilégios. Hoje, o nosso papel é meramente protocolar, mas ainda muito respeitado pelo povo, porque somos guardiões das tradições.

Nasci num berço de ouro. Tive todos os luxos reservados a um príncipe herdeiro. Nada me faltou – a melhor educação, a melhor alimentação, as melhores roupas, o melhor de tudo para a vida. Estudei em Bombaim (actual Mumbai). Fiz aqui toda a minha formação. Licenciei-me em Direito, mas nunca tive intenção de praticar. O objectivo era ter conhecimento para gerir as nossas propriedades e bens. Se sabemos direito, não dependemos de advogados.

Chegámos a ter 11 palácios, agora só temos três. Muitos foram vendidos e alugados. O palácio onde nasci tinha 35 quartos – alguns fazem agora parte de um hotel, gerido por nós. Temos mais de 100 funcionários, 25 dos quais criados da família. Eu tenho cinco. A minha cozinheira, por exemplo, tem 65 anos, e o meu secretário 85 – vão comigo para todo o lado. Há mais de dois séculos que os seus parentes trabalham para nós.

Dependo muito dos meus criados. Tinha 15 anos quando atravessei sozinho uma rua, pela primeira vez. Só para conduzir é que dispenso o chauffeur – ele viaja comigo no banco de trás. Apenas conduz quando eu estou cansado. De resto, fica a guardar o meu jipe ou o meu automóvel, e encarrega-se das questões de oficina.

A relação com os meus criados é tão estreita que, quando comecei a ter lições de condução, fiz mal uma manobra, embati numa árvore e o instrutor saiu pelo vidro da frente com dois dentes partidos. Nunca quis ir ao dentista – disse-me que estar desdentado é uma boa recordação.

Talvez tenha sido essa dependência que levou Steve McLean, do diário britânico The Guardian, a achar “fraquinho” o meu aperto de mão quando me entrevistou. Disse que eu estou “mais habituado a vénias”, o que é verdade. O importante foi ele ter concluído que sou “um tipo doce, franco e amigável, embora um pouco desligado da realidade, talvez por ser da realeza”.

Sim, é mais próxima a minha relação com os criados do que com os meus pais biológicos. Uma governanta cuidou de mim desde que nasci. Não chamo mãe à minha mãe, nem pai ao meu pai. Trato ambos por Sua Alteza. Eles chamam-me príncipe. Se eu quiser encontrar-me com o meu pai, tenho de marcar dia e hora com os seus secretários pessoais. É uma relação muito fria, formal. Não há amor, não há afecto.

Por isso, não foi um grande desgosto quando o meu pai anunciou – depois de eu ter assumido publicamente a minha homossexualidade – que me retirava o título de príncipe herdeiro e me deserdava. Ou quando a minha mãe publicou um anúncio nos jornais ameaçando processar quem dissesse que eu era filho dela.

Eu até percebo por que agiram assim. Foram pressionados por outros membros de famílias reais, receosos que eu, o primeiro a ousar “sair do armário”, identificasse quem, entre eles, eram os gays e as lésbicas – e eu sei bem quem são. Em todo o caso, as acções dos meus pais foram consideradas ilegais pelo Supremo Tribunal da Índia.

Um casamento infeliz
A descoberta da minha homossexualidade não foi fácil. Eu tinha 13 anos e percebi que não me sentia atraído por raparigas. A minha avó escolheu um rapaz de 12 anos para tomar conta de mim, porque eu não podia misturarme com plebeus, e as mulheres e homens têm aposentos separados nos palácios. Foi com esse rapaz que percebi a atracção por pessoas do meu sexo. Andávamos a cavalo e nadávamos. Eu não gostava de actividades desportivas e preferia ler livros e ouvir música clássica. Aos cinco anos, aprendi a tocar harmónio. Ainda hoje tenho lições em Bombaim, onde vou frequentemente. Tenho aqui um grande apartamento (e uma antiga mansão, que aluguei a um banco), onde me instalo com os meus cinco criados.

A princípio, pensei que o casamento mudaria a minha orientação sexual. Julgava que era uma fase temporária. Estava confuso e não tinha ninguém com quem desabafar. Comecei a ser apresentado a várias princesas e escolhi uma, Chandrika Kumari, de Jhabua, estado de Madhya Pradesh. Casámo-nos em 1991. Eu tinha 25 anos e ela 22. Foram 15 meses de fracasso. Era uma relação de irmãos que não foi consumada. A princesa nunca chegou a saber que eu era homossexual. Nunca falámos no assunto. Ela pensou, inicialmente, que eu tinha outra mulher, mas depois convenceu-se de que não havia ninguém.

Em 1992, decidimos separar-nos e, no ano seguinte, anulámos o casamento. Em tribunal, assegurei que ela continuava virgem, e provei que não era impotente – ambos apresentámos atestados médicos. Quando ela saiu do palácio, deu-me um conselho: “Por favor, que mais nenhuma rapariga seja infeliz por tua culpa.” Fiquei emocionado, e prometi que não voltaria a casar-me.

Por volta de 2000, começou a ser publicada uma newsletter chamada Bombay Dost (Amigo de Bombaim). Tinha uma tiragem limitada e eu comprava-a às escondidas. Lia-a na minha casa de banho. Comecei a corresponder-me com alguns leitores usando endereços de amigos, para ninguém me identificar.

Um dia telefonei a uma das pessoas que me escreviam e combinámos encontrar-nos na cantina da minha universidade. Foi assim que conheci Ashok Row Kavi, o director de Bombay Dost, e o primeiro activista gay da Índia. Ele, curiosamente meu vizinho, retirou-me o sentimento de culpa, o peso na consciência. Garantiume que eu era normal. Em 2000, juntámos uns 60 homossexuais num dos meus palácios e, na presença de representantes do governo, fundei o Lakshya Trust, a primeira organização de prevenção contra o HIV/sida entre a comunidade gay de Bombaim.

Dou a esta instituição, que tem três centros de aconselhamento e tratamento em Gujarat, 65 por cento dos meus rendimentos. O meu próximo projecto é abrir um hospício para doentes terminais. Em 2006, reconhecendo o valor do meu trabalho – também sou director da APCOM, uma coligação da Ásia- Pacífico que lida com a saúde sexual masculina –, a ONU atribuiu ao Lakshya Trust o Civil Society Award. O prémio foi entregue pela Fundação de Melinda e Bill Gates.

O Lakshya Trust tem três centros em Gujarat. O seu trabalho é educar gays e toxicodependentes para prevenirem a propagação do HIV/ sida. Planeamos também, para breve, a abertura de um hospício para doentes terminais. Temos cerca de 150 funcionários e ajudamos uns 17 mil homens. A Índia tem 2,5 milhões de infectados – são dados oficiais, mais realistas do que os da ONU (que aponta para 5,7 milhões), porque se baseiam em censos locais, levados a cabo também com a nossa colaboração. Não deixa de ser trágico, a Índia é segundo país do mundo, depois da África do Sul, mais assolado pelo HIV/sida.

O problema é tanto mais grave quanto 80 por cento dos gays são casados – a homossexualidade permanece um crime ao abrigo do Artigo 377 do Código Penal da Índia, resquício dos tempos coloniais. Uma das nossas acções é distribuir preservativos, alertar para o risco de múltiplos parceiros e promover o sexo seguro.

Em 2006, eu já me sentia mais confiante. Quatro anos antes, tinha sido hospitalizado, com um colapso nervoso, porque a minha mãe insistia em que voltasse a casar-me para me curar do que ela considerava ser “uma doença”. Quando uma jornalista me pediu uma entrevista para falar sobre o meu papel no Lakshya (Alvo), decidi assumir-me, publicamente, como homossexual.

Não esperava o impacto que a notícia teria. Foi uma espécie de terramoto que fechou o país. A entrevista espalhou-se pela Índia. Estava em todos os noticiários, e ninguém falava em mais nada. Não foram só os meus pais que me repudiaram por “actividades objectáveis pela sociedade”, os 100 mil habitantes de Rajpipla queimaram as minhas fotos e efígies.

Ir ao show da Oprah Winfrey, em 2007, foi como uma revolução nas mentalidades. As reacções homofóbicas diminuíram, pelo menos em Rajpipla. Muitas pessoas desconheciam o meu activismo no Lakshya e ficaram sensibilizadas. E as que beneficiavam da minha ajuda – dou aulas de ioga, ensino técnicas de agricultura biológica (tenho a minha própria quinta), faço doações para hospitais e escolas, ofereço oportunidades de emprego – voltaram a tratar-me como um nobre e não como um pária.

Participei depois numa parada gay na Suécia – o melhor lugar do mundo para os homossexuais viverem. Fiquei impressionado ao ver ministros e deputados a desfilarem pelas ruas sem quaisquer complexos.

Também entrei num reality show da BBC 3, Undercover Princes, juntamente com os príncipes Remigius Kanagarajah, do Sri Lanka, e Africa Zulu, da casa real sul-africana Onkweni. Foram quatro episódios, uma hora cada [o último foi exibido este mês de Fevereiro], gravados numa casa em Brighton, onde assumíamos falsas identidades, em busca do “amor verdadeiro”. Para não ser reconhecido, rapei o meu bigode, pela primeira vez. Fingi ser camareiro no New Madeira Hotel, e foi muito duro. Nunca antes tinha ido a um supermercado, e muito menos lavado pratos ou o chão.

Amor demasiado plebeu
Também foi complicada a convivência com o príncipe zulu. Ele ficou escandalizado quando soube que eu era gay. Levou uma Bíblia, e avisou-me que era pecado um homem gostar de outro homem. Eu respondi que, felizmente, era hindu e que o Kama Sutra já existia antes de Jesus Cristo nascer.

Seja como for, encontrei o meu amor. Foi num bar, em Agosto de 2008. Ele chama-se Michael Lower e tem 35 anos. O programa jamais passará na Índia, por causa da criminalização da homossexualidade. Não há cenas de sexo, mas há muitos abraços, beijos e mãos dadas. Levei-o para Rajpipla, e apresentei-o ao meu pai, que o aceitou – com as câmaras da BBC a gravar este encontro.

Foi uma bonita experiência, mas chegámos à conclusão de que não daria certo. Havia uma grande diferença social entre nós. Ele era empregado de um quiosque de jornais cujo dono é um indiano. Eu sou um príncipe. Continuamos amigos. Falamos quase todos os dias, por telefone ou e-mail. Ele voltará em Outubro para assistir ao festival de música e belas-artes que eu organizo todos os anos.

Como é tão difícil encontrar um companheiro (há mais homens interessados no meu dinheiro do que em amar-me), decidi que, quando o meu pai morrer e eu subir ao trono, vou adoptar um filho. Será alguém, sensível e inteligente, da minha família alargada. Não quero que esta linhagem termine comigo, que sou o 39º.

Rajpipla era governado pelos Parmar, que não tinham herdeiros masculinos. Uma princesa deste clã casou-se então com o marajá de Bhavnagar e um dos seus filhos foi adoptado pelos Parmar. Assim nasceu, com uma adopção, a minha dinastia Gohil.

Fonte:

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366442&idCanal=62

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Recomeço

Sempre é tempo de recomeçar.
Em qualquer situação podemos abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos.
Renovar o nosso compromisso com a vida e assim, renascer para a vida e alcançar a felicidade.
Não importa quem te feriu, o importante é que você ficou.
Não interessa o que te faltou, tudo pode ser conquistado.
Não se ligue em quem te traiu, você foi fiel.
Não se lamente por quem se foi, cada um tem seu tempo.
Não reclame da dor, ela é a conselheira que nos chama de volta ao caminho.
Não se espante com as pessoas, cada um carrega dentro de si, dores e marcas que alteram o seu comportamento, ora estamos felizes e transbordamos de alegria e paz, ora estamos melancólicos e só queremos ficar sozinhos...
O mundo está cheio de novas oportunidades, basta olhar para a terra depois da chuva. Veja quantas plantinhas estão surgindo, como o verde se espalha mais bonito e forte depois da tempestade.
As portas se abrem para os que não tem medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantam com o brilho de vitória nos olhos.
Todo o caminho tem duas mãos, uma que seguimos ainda com passos inseguros, com medo, porque não sabemos ainda o que vamos encontrar lá na frente, na volta, mesmo derrotados, já sabemos o que tem no caminho, e quando um dia, resolvemos enfrentar os nossos medos e fazer essa viagem novamente, somos mais fortes, nossos passos são mais firmes, já sabemos onde e como chegar ao destino, o destino é a vitória, o seu destino é ser feliz, eu creio nisso, e você?
Você está pronto para recomeçar?
O caminho está a tua espera, pé na estrada, coloque um sonho na alma, fé no coração e esperança na mochila, a vida se enche de novidades para os que se aventuram na viagem que conduz a verdadeira liberdade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Saudade

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda

domingo, 9 de agosto de 2009

Começo no mundo real

O ano de 2008 se inicia e eu obviamente tinha muitas esperanças de dias melhores, porque minha vida se resumia a nada, sim minha vida sempre foi vazia e sem sentido, pois nessa fuga de mim simplesmente eu não vivi, passei (e ainda passo) por ela e não vivo, eu quase vivo.

Bem e as expectativas em relação à vida amorosa estava promissora, haja visto que por um lado IB idealizou em mim um santo capaz de suprir suas carências, porém como vimos no ultimo post ele se enganou, pois eu sou apenas um ser humano cheio de falhas. Por outro lado, com a revelação de MM que me pegou de surpresa de inicio e depois se mostrou como algo mais concreto que nunca, haja visto que ele não está muito distante de mim a menos de 1500 metros de minha casa, e ele criou a partir de agosto de 2008 uma grande amizade comigo, eu o achava normal, realmente não suspeitava dele, mas no fins de dezembro de 2008 ele revelou os perfis fakes que tinha no orkut, ele era uns tais Diegos, eu recebi a noticia com certa surpresa, porém, já era algo de se esperar porque ele tinha uma insistência grande que eu lhe desse minha senha do msn para ele ver se o meu era 'organizado', até aí tudo bem (eu nunca dei a senha pra ele em 2008), contudo no decorrer do ano passado ele começou a dar claras mostras de que não era tão 'normal' assim, pois dava muitas indiretas e deixava muitos emotions comprometedores.

No inicio eu confesso me sentir fortemente atraído por MM, e depois que ele disse gostar de mim desde o período em que fui professor de estagio dele, isso digamos deu o pontapé inicial para que eu fosse conquistado por ele. Me lembro bem que no inicio do ano em meados do mês de janeiro quando houve uma grande festa de colação de grau ele disse deveríamos nos encontrar lá, porém eu só via ele ao lado dos pais, obviamente que eu não chegaria pra conversar com ele grudado na barra da saia dos pais, bem nesse dia houve um dos muitos desencontros que veríamos a ter no decorrer desse relacionamento; Muitos lamentos no dia seguinte por não termos nos encontrado, bem é da vida.

No inicio eu e ele estávamos deslumbrados um com o outro, ele por não meio que não cree que eu realmente estava a fim dele e eu envolto nesse turbilhão da possibilidade real de ver se realmente era mesmo o que os instintos falavam.

No começo de fevereiro deste ano cai gravemente enfermo e tive que me afastar do pc por muitos dias, foi meio frustrante porque era um relacionamento que se iniciava e era meio que podado de inicio, apesar de ser até então só virtual. Mas me recuperei de certo modo depois de sofrer horrores, e tudo voltou ao 'normal' e tudo se encaminhava para realmente nos encontrarmos de uma vez por todas, eu realmente não aguentava mais a ansiedade morar tão perto e ficar tão longe de quem estava me conquistando era muito ruim.

Nossa como esse relacionamento foi marcado por promessas não cumpridas, já estávamos no mês de março e nada de finalmente dar ao menos um selinho em meu pretenso namorado, mas finalmente aconteceu em fins de março, nós como namorados virtuais eramos otimos em conversas, mas ao vivo o clima era de vergonha mutua e se não até de medo um constrangimento reciproco, pois ambos sabiámos eramos homossexuais. O primeiro beijo homo meu foi algo incrivel uma cumplicidade muito grande, uma sensação indiscritivel, um tesão instantâneo (apesar de já ter ficado com algumas garotas não me excitava com elas, ao contrario de quando estava MM), naquele dia ele estava muito estranho, parecia longe, ele não estava bem; estava pouco a vontade ali. Esse encontro foi onde eu considero o lugar magico para todo casal onde há fontes de águas. Me lembrei imediatamente e comentei com ele a história de D. Pedro de Portugal e D. Inês de Castro, um casal que se encontravam as escondidas perto de fontes d´agua( apesar da história trágica dos dois, mas foi o que me veio a mente¬¬ depois alguns meses depois descobriria o motivo de tal tristeza dele que se tornaria de certa forma trágica também).

Bem esse encontro do primeiro beijo foi em março dia 25 uma quarta feira, no domingo dia 29 eu o pediria oficialmente em namoro na casa dele, sempre a partir dessa data nossos encontros seriam fortuitos e em locais protegidos o suficiente para quem ninguém nos vessememos o grande medo dele era esse ser descoberto por alguém, e esse medo me frustrava muito embora eu não quisesse colocar nosso segredo em perigo. Mas o medo dele era maior muito maior que a vontade realmente ficarmos, mas em compensação ele nos domingos quando 'dava' ele saia as escondidas da igreja pra nos encontrarmos em sua casa.

Em abril nos encontramos ainda algumas vezes, e até em meio de semana quando seus pais não estavam por lá, alias nunca fui na casa dele quando meus pretensos sogros estavam por lá. Nossos encontros e amassos ficavam cada dia mais quentes, porém em maio tudo esfriou passamos o mês quase todo brigando porque não o via, realmente é frustrante de mais alguem dizer que quer ficar com e você e não arriscar nem um pouco para que isso ocorrece. Mas, o amor e a vontade de ao menos ver ou está perto só aumentava com o tempo, e esse desejo na maioria das vezes se transformava apenas em frustração porque as promessas feitas geralmente nunca era cumprida, e ele sempre ficava adiando a possibilidade de nos vermos e/ou ficarmos, isso me deixava mal e triste.

Nós sempre ficavámos muito mais tempo no pc teclando um com o outro que ao fone ou pessoalmente, como disse isso tudo deixa a gente frustrado com raiva da gente mesmo, viver a menos de dois km de quem se ama e não poder ao menos está perto é algo que só suporta quem tem uma estrutura psíquica muito boa. E nessas conversas ele dava a entender que já era bem experiente em relação a experiencias sexuais, apesar de falar que nunca tinha ficado com ninguém ele mesmo caia em contradição com as conversas, bem depois de muito insistir ele realmente confirmou que já tinha experiencias desde 2007 com um carinha; essa noticia caiu como uma bomba em minhas mãos pois apesar de já ter a desconfiança eu acreditava no que ele me falava que não tinha experiencia alguma, mas o pior de tudo é que ele disse só fazer sexo com esse cara porque era obrigado, segundo ele o cara ameaça espalhar pela cidade que ambos transavam, e pelo pavor de ser descoberto ele cedia, é algo muito dúbio é claro, porém eu fiquei do lado dele o apoeie, dei toda força, fui muito compreensivo; Certamente é claro que enquanto ele estava comigo e eu digo desde o começo do ano que o sujeito não dispensaria em ficar com ele, e pra minha surpresa ele disse que a ultima vez que eles tinham ficado 'a força' foi nas vésperas de nosso primeiro beijo, talvez por isso naquele dia estivesse tão distante.

Eu acho ou melhor tenho certeza que meu excesso de compreensão foi o que mais o deixou mal acostumado, pois segundo a psicologia a pessoa só tem prazer em procurar conquistá depois disso, quando já tem sua 'presa' de caça ela não lhe dar mais vontade em ficar ao seu lado ou pois já tem seu trofeu, e eu me entreguei nesse relacionamento de corpo e alma.

Depois desse turbilhão onde passei mal alguns dias devido a choque, depois de engoli o orgulho ferido, fizemos as pazes, pois eu o amava com todas as minhas forças. Sempre esperei dele a verdade, mas segundo ele não disse antes o segredo porque temia que eu não o quisece; Bem já que o tão guardado segredo não mais existia, não havia mais impeditivo algum para que finalmente eu pudece fazer amor com ele, eis a contradição eu com 24 anos e ainda virgem e ele com 18 e já bem experiente em sexo, mas nada absolutamente nada importava pra mim, só importava que eu o amava e o resto era o resto. Em meados de junho finalmente ficamos, eu pensava que sexo era algo complicado, contudo é muito simples, algo normal.

O mês de junho realmente prometia muitas surpresas e a mais desagradável de todas veio como uma onda em minha vida, desde fins de junho que ele estava frequentando minha casa com a desculpa de estudarmos pra um concurso, era a chance que tinhamos de nos vermos todos os dias e matar um pouco a saudade e o desejo de ambos, nossa alegria durou pouco mais de duas semanas, num fatídico dia, aqui em minha casa minha mãe flagrou eu dando um beijinho na orelha dele, meu mundo caiu desabou, inventamos uma desculpa, mas é claro que não colou, e no fundo minha mãe já estava desconfiada com o surgimento desse amigo fortuíto, a pressão sobre nós foi algo que eu ainda estou por reviver, desde desse dia meu coração não tem mais paz, desde o inicio de julho, quando houve esse flagra eu não fui mais o mesmo, pois chegou a hora da verdade em minha vida, chegou o momento em que eu neguei o quanto pude, mas quando a verdade bate a porta de sua vida não tem como evitar sua entrada.

Minha mãe me pressionou de todas as formas inimagináveis, a primeira coisa que falou foi que preferia me matar e cometer suissidio que aceitar eu vivendo no fundo do poço, essas ameças dela (muito capazes de serem cumpridas, em minha família tem um histórico de suicidas), tolheu meu desejo de me abri e falar a verdade iminente, e hoje eu só espero o melhor momento pra me abrir.

Bem depois que minha mãe viu o que viu, eu representei pro MM uma ameça real de ter seu precioso segredo descoberto, e no fundo no fundo tudo entre nós acabou no dia 1° de julho dia do flagra. No inicio, ele se mostrou solidário e tudo mais, porém, mesmo que sem querer ou querendo mesmo se afastou de mim, por mais que diga que não, se afastou sim pois eu era uma ameaça real ao que ele mais teme na vida ser descoberto como homossexual que é.

No mês de julho já tinhamos programado que iriamos a capital do Estado fazer uma prova de um concurso e ficariamos mais juntos nessa dita viagem, pena que ela não aconteceu, pois as datas das provas foram colocadas posteriormente para dias diferentes, a tão sonhada viagem que nos uniria acabou sendo a que pos uma pá de cal em nosso relacionamento, eu não fui fazer a bendita prova, pois meu interesse era apenas poder está mais perto dele.

Já ele foi, muito temeroso foi com seus pais, foi numa sexta e havia me prometido que na hora que chegace lá me daria noticias, e eu abestado que sou passei o dia online esperando um sinal de vida dele como alias sempre fizera, porém nada de ele aparecer, estava ocupado de mais pra mandar noticias, disse ele que não teve tempo para isso, ou melhor não quiz! Obviamente que qualquer um em meu lugar ficaria puto de raiva e eu simplesmente desliguei o fone e só voltei a ligar na terça, mas acho que ele não sentiu falta alguma do parvo aqui não.

Bem, na terça quando dei as caras tivemos uma briga feia mesmo, eu estava realmente chateado com a atitude dele, e qualquer um não ficaria?

Na mesma terça marcamos de nos vermos no lugar de sempre lá no balneário da cidade, um lugar calmo e tranquilo o suficiente para conversarmos com calma, tentei fazer as pazes, mas ele estava com aquele ar de zangado com uma cara de desdém, por mim tudo estava resolvido pois minha raiva, minhas angustias sumiam quando eu estava de seu lado, mas não foi suficiente, no transcorrer da semana ele sumiu mais ainda, e estava muito estranho, só falava que não tinha mais certeza de nada em sua vida, que não sabia o que queria. Disse que tinha se irritado muito pois eu disse que ia esquece-lo, realmente eu deixei um depo na sexta a noite falando que se eu não poderia o ter como não estava mesmo tendo seria melhor que o esquecesse. Ele disse que não suportava mais tantas brigas, e que nunca me faria feliz, que estava cansado de tudo, que não teriamos mais privacidade para nos encontrarmos ( mas ele teve com o sujeito por mais de dois anos). Pois um ponto final em tudo, mas deixou uma ressalva que me deu dó dele, disse que amigos também ficavam e que qualquer dia desses ficariamos mas como amigos, ledo engano, ele realmente não me conhece, pois jamais ficarei com alguem sem compromisso algum.

Bem, um relacionamento de mais de 4 meses (oficial) acabou de uma forma sem muitas explicações sem motivo aparente, deixou de lembrança muitas espectativas e sonhos desfeitos, frustrações.

No inicio meu mundo caiu, fiquei mal mesmo, triste arrasado, agora me sobra desilusões, gostar dele claro que ainda o amo, mas não tenho e não vou nutri esperanças de voltar a ficar com ele, me rastejei muito atraz dele, e isso o deixou mal acostumado, se as muitas provas de amor que dei a ele não foi suficiente realmente é porque ele não me merece, se quis acabar tudo por uma frase impensada o azar é dele, pois perdoei falhas piores dele.

Ele sumiu de orkut msn e não fala mais comigo, isso não me atinge, estou com a consciência tranquila e tenho certeza que ele nunca encontrar alguem que seria capaz de renunciar a tantas coisas como eu faria pra ficar com ele, acho improvável.

Bem nem meu amigo ele jamais foi se tivesse sido não faria o papelão que faz, enquanto ele me evita eu estou fazendo do mesmo modo, embora eu não tenha mais esperança alguma de ficar com ele, eu me pergunto hoje se tudo que vivi foi real ou se não passou de uma grande mentira, para mim parecia real, mas não o foi pois o amor que ele dizia nutrir por mim virou fumaça e se espalhou no ar com uma rapidez incrível. Mas no fundo no fundo ele apenas queria ser mais livre, fazer o quisece e com quem desejace sem alguem para lhe cobrar explicação, ou melhor ele não queria ter dor de consciência quando ficace com outros, creio eu que isso o levou a por fim em tudo.

Apesar de eu não querer nem olhar ele hoje infelizmente o vi na rua, mas eu não o olhei, não queria olhar aquele desprezo todo que ele da ultima vez que o vi, e apesar de tentar me controlar não nego que fiquei muito mal, a ponto de me descontrolar enquanto voltava pra casa ia caindo da moto, não nego ele ainda meche muito comigo.

Para ele sobra apenas esse verso:

Não consigo dizer : Eu te odeio,
Simplesmente apenas sei gostar;
Não consigo dizer - te : Que sejas feliz!
Sem ao menos ter ao meu lado, alguém pra recomeçar...
Não consigo dizer : Me esqueça!
Se no meu sentimento, me faz sorrir...
Não consigo dizer : Terminamos por aqui!
Sem mesmo desistir, mas apenas relutar;
Não consigo dizer : Tudo acabou...
O que fizemos pra começar?!!!
Não consigo dizer - te : Somente o tempo dirá...
Se no meu coração já se faz presente;
O amor verdadeiro que aqui ficou.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Poema do dia


Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz


(Charles Chaplin)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O começo

12 de agosto de 2008, essa seria a data em que eu posso afirmar ser o dia que enfrentei a realidade dos fatos e conscientemente decidir fazer um msn e um orkut com o pseudônimo de José Valois, de inicio com uma curiosidade inata haja visto que tudo era novo; mas o que teria me feito criar tais pseudos? A resposta é no inicio de agosto fui pego de surpresa ao ser add por um tal Cezar Beltrão, nada de mais teria acontecido não fosse o fato de esse dito cujo ter me cantado descaradamente, algo que nem homem jamais fez comigo, naquele momento veio um misto de medo, pavor e ao mesmo tempo desejo, nunca vou sentir um sensação daquelas novamente, é claro que eu neguei e me passei por hetero, afinal era naquilo que eu acredita ser, grande engano a curiosidade o instinto ou não sei o que me fizerem conhecer muita gente, no inicio pra ser bem franco eu não sabia nem o que procurava e/ou o que falar, afinal era tudo novo, tudo desconhecido.
De inicio, umas das primeiras pessoas que conversava e me ajudou muito em tudo isso foi um grande amigo de sampa, ele me mostrou que não precisava ter medo do que era, afinal não dar para resistir ao que não controlamos.
Nesse vai e vem de pessoas ao meu redor obviamente, que encontrei gente como a moairia ver hoje que só quer curtir e nada mais, porém encontrei pessoas verdadeiras que me deram muito apoio e conselhos preciosos do contrario teria trilhado por outros caminhos mais obscuros.
Nesse iterim eu não ficava direto só em msn fake, não no original tinha uma pessoa que considerava um grande amigo, meu ex-aluno de estagio o MM, que no decorrer do ano foi se mostrando digamos muito solicito e vi que havia algo de 'anormal' em suas atitudes. Mas não dava pra supor que ele estivesse com segundas intenções.
Bem quase findando o ano de 2008, em meus vários passeios pelos orkuts fake, encontrei alguém que me chamou a atenção pela simplecidade das palavras, muito mais que isso tinha uma carencia afetiva muito grande, e ele não buscava o que a maioria busca ou seja ele não procurava curtião pelo contrario, ele buscava (e ainda busca) um amor eterno. Foi instantaneo, tive que add ele, que pos sinal estava online era um domingo 09 de novembro de 2008..Como todos os enrustidos ele ficou muito desconfiado querendo saber onde eu tinha lhe encontrado, e no mesmo instante eu o add no msn, era o IB, rapidamente pude ver que era alguem puro de coração e eu não sei o que tenho que as pessoas se apegam muito facil. Em menos uma hora ambos estavamos fascinados uns pelos outros, não tardou para começar meu namoro virtual, é algo meio complicado de se explicar e entender, porém ninguem manda no coração.
O destino é muito traissoeiro, não sei, mas eu e essas duas pessoas citadas acima iriam se cruzar futuramente, mesmo que independendo da vontade delas.
Digamos que o namoro virtual é algo meio irreal, oras, você pode até ver a pessoa não sente a respiração perto de você, não sente o calor o cheiro da pessoa, então é algo complicado. Mesmo assim eu fiquei e fui fiel até em pensamentos ao IB, mas como sabemos toda relação sofre desgaste ainda mais quando você nunca nem viu a pessoa pessoalmente, é muito complicado lidar com as frustrações e angustias de quem está a milhares de quilometros de distancia de você. Então desse modo achei por bem terminar com aquelas angustias desnecessárias não só pra ele como para eu também.
Como havia comentado, MM era mais um garoto aparentemente normal sem muita diferença dos demais que eu tc em meu msn original, mas no decorrer de 2008 ele tinha algumas atitudes 'suspeitas', porque era grande a curiosidade dele em saber os contatos que eu tinha no msn, além do mais ele vivia num grude comigo, ficava teclando a horas a fio isso praticamente todo dia. E num belo dia comentavamos sobre os fakes que tinhámos, foi a gota dágua haja visto que quem quer manter segredo de você deve guardá-los consigo, mas não foi o que eu fiz.
Isso foi aproximadamente quase no fim do mês de dezembro, até aí tudo bem, nos revelamos homossexuais um para o outro, sem ao menos falar no assunto, porque os perfis fakes que tinhamos falava por nós, não precisava falar mais nada. Para minha surpresa mesmo eu ainda 'namorando' com o IB, o MM se disse muito apaixonado por mim, disse que desde o período em que eu fui professor de estágio dele tinha gostado de mim isso em 2006, porém eu não tinha nenhum contato com ele, esse contato só foi retomado dia 30 de julho de 2008 quando ele me encontrou no orkut e me add.
Bem eu fiquei sem saber o que fazer, pois não queria magoar o IB, gostava realmente dele, e queria e quero seu bem, mas nosso pretenso namoro estava passando por uma crise pesada e eu achei por bem por um ponto final em tudo com IB.
Eu não considero que trair o IB por ter terminado com ele, não sinto que trair ele porque nosso relacionamento estava insustentavel, e o fato de MM ter se declarado apaixonado por eu não contribuiu muito na decisão de por um ponto final com ele. Até porque meu namoro virtual com o cara de minha cidade só engrenou a partir de março, e terminei com o IB exatamente porque não queria manter jogo duplo com ninguem, até porque se o quisece teria continuado com os dois, até hoje o IB pensa que eu o traí, jamais! Se eu quisece fazer isso teria ficado com os dois ao mesmo tempo e nem um dois dois saberia.

Encarando a vida de frente sem medos

Mas em um abençoado dia, fui conectado ao mundo virtual, e pude ter o contato com outras pessoas, de início era só curiosidade, criei um fake, (sim eu confesso) mas me apavorava mais ainda a possibilidade de eu ser homossexual, não eu não sou, falava inutilmente ao meu intimo, mas não posso negar às evidencias, a atração que sinto pelo mesmo sexo é muito forte, é algo inexplicável.Horas, foi com esse contatos com pares que me abriu a mente para a verdade que sempre pairou em minha frente e eu me recusava a ver. Eu sofri, sim não nego mas o sofrimento em me aceitar fo menor do que da solidão que me consome.Logo nos primeiros contatos pude perceber, que o mundo homo é cheio de tudo, assim como o mundo hetero também, só que os esteriótipos são marcantes e muito presentes no primeiro, me assusta de início levar uma vida promiscua, não minha sexualidade não permite que eu venha a cometer desatinos de tal natureza, no fundo no fundo a desculpa que eu dava pra não ficar com garatas era a do amor da paixão, só que a mesma vem a ser o que sonho mais em relação ao mesmo sexo, não busco e não quero apenas sexo, quero carinho, companheirismo tudo que um relacionamento pode proporcionar, quero ficar velhinho ao lado de meu amor, é muito dificil, eu sei porém não é impossivel, ainda mais agora que estou descobrindo o amor.
Pelas amarguras, pelas dores de ser homossexual ninguem gostaria de ter nascido homo, eu também, mas se não posso fugir a realidade simplesmente tenho que tentar ser feliz.Bem, para ser bem franco a primeira cantada que eu levei de homem foi pela internet isso em julho do ano passado, a impacto foi tão forte que eu quase não conseguia responder aquele cara que tinha o nome de msn de Cezar Beltrão, me tremia de forma descontrolada, pois aquelas palavras abalaram o meu inconsciente que até então vivia dormindo tranquilo em minha mente.Por ironia do destino, ou por porque estava escrito {machtup} aquele cara é hoje meu namorado, mas vou contar essa história em outro post.Depois daquele dia eu não fui mais o mesmo, haja visto que o meu interior se corroia e martelava em minha mente aquelas palavras e inevitavelmente tive que pela primeira vez na vida encarar os fatos de frente, com receio é claro mas tive que olhar pra dentro de meu eu e vi o que eu negara até então por mais de 23 anos.

Vida

VidaPor Deus que está no céu, como eu resistir aceitar isso que para mim era inaceitável.Minha condição sexual me atormentou por mais de 23 anos, isso mesmo, por que eu nasci homosexual, não posso negar, hereditário ou não; desde criança até hoje nunca fui viril, mascúlo, sou um meio termo uma metamorfose inconclusa.Contudo mereço e vou ser feliz, mesmo que isso possa gerar a infelicidade ou melhor a frustação de alguns.Eu não tenho a menor pretenção de vir a ter um casamento de fachada, isso seria até impossivel, haja visto que a simples idéia de vi a pelo menos ficar com uma mulher gera um panico inenarravel, e foi exatamente esse pavor, esse medo infeliz que me fez perceber algo de ''errado'' comigo.Me lembro bem o dia que fiquei a primeira vez, fui empurrado literalmente por amigos pra ficar com uma garota, que eu nunca tinha visto. No dia seguinte sentir um pavor, um medo inexplicavel e simplesmente não fui ao encontro com ela, poxa a coitada nunca deve ter entendido o que aconteceu, e nem eu a priore.Daquele dia em diante, eu não sai mais com os amigos, fugia deles e viinha direto pra casa, e me dediquei com todas as forças ao estudo, tanto é que entrei como mais um aluno medíocre e concluir o ano como o melhor da classe.Era muita confusão em minha cabeça, eu não entendia o por que de meus amigos se relacionarem numa boa e eu não...Porque eu não consigo ficar com garatos?Porque? Essa pergunta martelou em minha cabeça por anos, mas meu inconsciente criou uma boa desculpa ''só fico com mulher se me apaixonar''. Que engano, que mentira eu inventei e propalei, mas que me ajudou como tabúa de salvação. Só hoje posso perceber.Os dias passaram e eu já com mais de 23 anos, um jovem aparentemente bonito¬¬ saudavel, bem empregado (para os padrões de onde moro), com curso superior comppleto, enfim tudo que alguem poderia desejar no inicio da vida adulta eu tenho, mas me faltava o principal: o amor!


Poxa que vazio eu sentir, que grande amargura me consumia a alma, mas vi que era inutil negar o óbvio.